segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

ATENDIMENTO EM HOSPITAIS DE FORTALEZA E SAMU É PREJUDICADO POR FALTA DE PROFISSIONAIS

 


O atendimento nos hospitais municipais de Fortaleza e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está prejudicado devido à falta de profissionais para atender à demanda. O problema ocorre durante a substituição de trabalhadores temporários por concursados da Fundação de Apoio à Gestão Integrada em Saúde de Fortaleza (Fagifor). A Prefeitura de Fortaleza afirmou que está negociando para resolver a situação. 

Uma nota conjunta de diretores executivos de cinco hospitais municipais aponta que a reposição de pessoal está "longe de atender às necessidades", destacando a gravidade do cenário. O documento, assinado em 13 de novembro, solicitou providências à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em um prazo de 10 dias. 

Unidades afetadas:

 Hospital e Maternidade Zilda Arns (Hospital da Mulher)

Hospital Distrital Gonzaga Mota Barra do Ceará (Gonzaguinha da Barra do Ceará)

Hospital Distrital Gonzaga Mota José Walter (Gonzaguinha do José Walter)

Hospital Distrital Evandro Ayres de Moura (Frotinha Antônio Bezerra)

Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira (Frotinha Parangaba)

Os gestores afirmam que muitos dos trabalhadores temporários realizam plantões extras, além de sua jornada regular, para garantir o funcionamento mínimo das unidades. No entanto, a substituição desses profissionais por concursados está sendo considerada insuficiente, o que resultou na necessidade urgente de contratação de 170 enfermeiros e 218 técnicos de enfermagem. Esse cálculo considera o regime de trabalho de 12h x 36h, com 15 plantões mensais.

 Ministério Público cobra providências

 O Ministério Público do Ceará (MPCE) também se envolveu na questão. Durante uma audiência com a SMS no dia 2 de dezembro, o órgão exigiu que a secretaria apresente, em cinco dias úteis, as providências já tomadas e as que serão implementadas. Foi solicitado um relatório com a lista de trabalhadores temporários desligados e concursados convocados, informando carga horária, cargo e unidade de lotação.

 A SMS informou que, entre julho e novembro de 2024, a Fagifor convocou 1.822 profissionais, dos quais 1.152 assumiram seus postos. Para dezembro, a pasta prevê a convocação de 423 novos profissionais por meio de dois editais. Contudo, destacou que os convocados podem optar por pedir fim de fila ou não assumir os cargos, o que pode comprometer o preenchimento das vagas.

 A situação permanece preocupante, com relatos de atendimento suspenso por falta de pessoal em algumas unidades. Enquanto isso, a Prefeitura segue sendo pressionada a resolver a crise que afeta diretamente a saúde pública da capital cearense.


Portal Orós com informações do Diário do Nordeste

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